3 erros dos Community Managers antes de criar uma comunidade

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3 erros dos Community Managers antes de criar uma comunidade

Quando uma pessoa está por criar algo, qualquer coisa que seja, está no campo das ideias, no mundo dos pensamentos, no achismo. É preciso sair deste campo e ir para o mundo material da execução da comunidade. Não raramente vejo Community Managers neste mundo por tempo demasiado…


Ficar pensando, pensando, pensando pode nos levar para um mundo que não existe. Um mundo só de pensamentos. Um mundo que só existe no meu pensamento.

Ao longo da minha carreira tenho observado muito este comportamento nos CMs e, quando se trata de comunidades, é preciso ir para a rua, falar com as pessoas e começar a fazer experimentos que te guiem em direção à comunidade que seu público realmente quer.



Esse mundo das ideias pode nos deixar estagnados por muito tempo e, com isso, corremos o risco de não tomar nenhuma ação. Ficar no campo das ideias faz com que criemos camadas intermináveis de pensamentos e não nos leva a lugar algum. Alguns dos pensamentos e ideias clássicas que já escutei bastante por aí:

  • “Deveria criar um grupo de WhatsApp ou Facebook?”

  • “Eu já ouvi que o Telegram é bem melhor que o WhatsApp, mas ninguém usa”.

  • “Qual nome eu deveria dar à minha comunidade?”

  • “Eu já tenho uma comunidade, agora é só chamar todo mundo no Slack que vai ser muito legal.”

  • “Vou criar um fórum para que eles se ajudem”.

     

Essas ideias ou pensamentos não deixam de ser ideias e pensamentos na sua cabeça que surgem a partir de uma experiência sua que, muitas vezes, não reflete o desejo ou necessidade da comunidade como um todo.

Veja quais são os erros comuns dos Community Managers na hora de criar uma comunidade e quais são as minhas dicas para cada um deles. 😉

1) Não falar com seus clientes

Entramos novamente no clichê “fale com seus clientes”.

Esta é, de longe, a tarefa mais fácil, simples e poderosa de se fazer. Mas ninguém quer fazer. Ninguém quer começar por aí.

Muita gente tem medo de chamar o cliente para um papo. “E se ele ficar incomodado?”, “E se não atender a ligação?”, “E se ele achar que eu sou um mala?”.

A questão aqui é que a comunidade é uma experiência que você está criando para o seu cliente e se você não fala com ele, você não terá ideia do que ele quer. Você vai precisar de informações para criar o propósito, o formato da comunidade, as ativações (rituais, eventos, conteúdos) que, no final das contas, precisam ser pensadas e desenvolvidas para ele.

Falar com o seu público, perguntar, fazer uma pesquisa qualitativa e depois uma quantitativa são os seus pontapés iniciais como Community Manager.

 

2) Escolher uma plataforma de comunicação

Eu me arrisco a chutar que 3 de cada 4 Community Managers escolhem uma plataforma de comunicação para a comunidade antes de criar uma estratégia.

Sem estratégia você não tem nada. Sem falar com seus clientes você não saberá como acertar em cheio a dor real e como a sua comunidade vai criar uma experiência única e verdadeira a fim de resolver essa dor.

A real é que a escolha da ferramenta é a última coisa que você deve fazer. Há várias formas de ir testando e validando a sua ideia de comunidade com os membros sem ter ainda um canal de comunicação oficial.

Você precisa entender como será a dinâmica entre eles, o que eles mais gostam de fazer na comunidade, como eles querem interagir entre eles e com a empresa, quais são os canais que eles mais usam. Vai correr o risco de escolher um canal que eles não têm nem o hábito de usar?

Na CM School temos uma aula que fala exclusivamente disso. O que fazer antes de escolher um canal ou plataforma de comunicação com um checklist de 12 perguntas para guiar você.

 

3) Não ter um propósito claro e definido

No começo, conduzir uma comunidade é como conduzir uma caravela do ano 1500 que atravessa o Atlântico. Ela vai passar por tormentas de vento e água, clima ruim. Vai bater a solidão no capitão em alto mar depois de alguns dias. O capitão (assim como o Community Manager) precisa demostrar resiliência durante milhares de quilômetros até chegar, enfim, na terra.

Imagine tudo isso sem uma bússola, tudo isso sem ter ferramentas de cartografia moderna que te indiquem que você está no caminho certo.

O propósito é exatamente este.

É o sinônimo de bússola para um Community Manager.

Você precisa definir o seu propósito para que ele sirva de guia para você e para os membros da sua comunidade.

O propósito é a razão da existência da comunidade.

O propósito vai lembrar porque a comunidade existe todos os dias.

O propósito vai te dizer qual é a dor que você está resolvendo.

O propósito é uma porta para novos caminhos, novas ideias, novas ativações para os membros. Com ele, você tem um ponto de partida estável e todo mundo segue junto.

 

E aí, Community Manager, já passou por isso? Está nesse momento agora mesmo?

Me chama para contar.

Abraços!

 

Emiliano Agazzoni
Emiliano é especialista em estratégias para comunidades e desenvolveu o primeiro curso e workshop sobre estratégias de comunidades do Brasil.

 

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