6 técnicas de entrosamento para comunidades

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Comunidade é o termo utilizado para descrever pessoas que pertencem a um grupo com algo em comum, seja a nacionalidade, o lugar que habita, interesses, habilidades em comum, etc.

As comunidades podem ser tangíveis e intangíveis, sendo algo enraizado na empatia, pertencimento e desejo de não estar só e fazer parte de algo que contribua para o desenvolvimento, seja pessoal ou coletivo.

Segundo a escritora africana Sobonfu Some em sua obra “O Espírito da Intimidade - Ensinamentos Ancestrais Africanos sobre Maneiras de se Relacionar”:

 

“A comunidade é o espírito, a luz-guia da tribo; é onde as pessoas se reúnem para realizar um objetivo específico, para ajudar os outros a realizarem seu propósito e para cuidar umas das outras. O objetivo da comunidade é assegurar que cada membro seja ouvido e consiga contribuir com os dons que trouxe ao mundo, da forma apropriada. Sem essa doação, a comunidade morre. E, sem a comunidade, o indivíduo fica sem um espaço para contribuir. A comunidade é uma base na qual as pessoas vão compartilhar seus dons e receber as dádivas dos outros".

 

O pertencimento necessário para que a comunidade se fortaleça surge a partir de propostas de escuta ativa, diálogo, relações horizontais, suporte emocional, encorajamento e na permissão de se doar e receber.

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Para que esse sentimento de comunidade floresça entre seu grupo, separamos seis técnicas de entrosamentos para que os participantes se conheçam além das apresentações profissionais tradicionais.

 

Técnicas de Entrosamento

As técnicas aqui apresentadas foram vivenciadas em formações e oficinas com jovens e adultos, sendo apresentadas com o objetivo de impulsionar o engajamento e pertencimento de grupos e/ou comunidades, promovendo a partilha de criatividade, histórias de vida, memórias, afetos e ideias. 

Para a realização dessas técnicas, fazemos a sugestão da escolha de um espaço onde seja possível promover uma roda entre os participantes, estimulando que todos possam se olhar e se ouvir.

 

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1. Alongamento

 

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A técnica do alongamento promove um momento de alívio da tensão e relaxamento entre os

participantes. Ideal para abertura de um encontro.

Técnica de Relaxamento - https://www.youtube.com/watch?v=ocDsEz4g_nw

Música de Sugestão - A Paz, Gilberto Gil - https://www.youtube.com/watch?v=k3-Mxej9NhY

 

2. Dança de olhos vendados

 

 

Inicie a técnica com uma pergunta: “O que você faz quando não está sendo observado?” ou “Como você dança quando ninguém está olhando?”. Com uma venda nos olhos, todos os participantes serão estimulados a dançar conforme seu ritmo e, vendados, não poderão julgar ou ser julgados pelo outro. Essa técnica é importante para refletirmos sobre nossas pré limitações ao julgamento alheio. Seríamos mais livres se não nos importássemos com a opinião do outro?

 

Escolha de 3 a 5 músicas e utilize de 2 minutos de cada. Avalie, pelo perfil dos participantes, as músicas mais dançantes e agitadas de sua playlist.

 

3. Improvisação com objetos

 

Com um conjunto de objetos aleatórios, separe os participantes em grupo A e grupo B. O grupo A deve iniciar uma história e o grupo B deve apresentar os itens que serão inseridos na construção dessa história.

Exemplo: Estava caminhando na rua e encontrei... O grupo B mostra uma caneta... Estava caminhando na rua e encontrei uma caneta jogada no chão... E assim a história segue com os demais objetos. O objetivo dessa técnica é promover a criatividade e a construção de ideias do grupo. 

 

É importante que o grupo seja estimulado a abrir as portas da imaginação e não seguir uma lógica para a história contada. Quanto mais diferente a próxima frase, mais engraçada a história se constrói. 

 

4. Memórias afetivas

 

 

Com alguns sentimentos escritos em papéis, os participantes devem escolher um papel e compartilhar uma memória daquele sentimento. O objetivo é criar empatia, acolhimento conhecermos um pouco mais do outro a partir da história de vida.

Sentimentos como: amor, saudade, medo, segurança, apoio, tristeza… 

É importante que o facilitador seja acolhedor ao surgimento de emoções. Assim, o grupo sentirá segurança no espaço e com o grupo.

 

5. Autoavaliação

 

 

Essa técnica é estimulada em grupos que já possuem alguma afinidade. Para algumas pessoas, pode ser um momento emotivo ou mesmo tímido. Novamente, aqui é importante que o facilitador promova o espaço de segurança entre todos. 

 

Todos os participantes devem sentar em uma roda. Ao centro, insira uma cadeira e um espelho de tamanho pequeno e de fácil manuseio. Os participantes, voluntariamente, devem sentar-se ao centro da roda e iniciar um diálogo consigo, olhando no espelho, sendo incentivado que haja reforço de suas habilidades, conquistas, trajetórias e afetos.

 

Fazemos a sugestão de que o grupo tenha uma caixa de papel próximo aos participantes.

6. Técnica do Ubuntu - Encerramentos

 

 

Ubuntu é uma filosofia africana, popular entre os povos Zulu e Xhosa, presente nas regiões dos países da África do Sul, Lesoto, Suazilândia, Zimbábue e Moçambique.

Essa filosofia é pautada no conceito de humanidade para todos e que somos pessoas através de outras pessoas e que não podemos ser plenamente humanos sozinhos. 

 

Para essa prática, sugerimos que o grupo esteja em pé, em círculo e de mãos dadas. Voluntariamente, cada participante entra no círculo e os demais são estimulados a compartilhar impressões dos momentos vivenciados com aquela pessoa ou, simplesmente, pode ser um momento de desejo de boa sorte.

 

Conclusão

Engajar um grupo é motivar que pessoas compartilhem histórias de vidas, sonhos e planos. É preparar uma comunidade para que ela brote a partir da troca e do acolhimento, promovendo um espaço de diálogo aberto, respeito, diversidade e segurança para que todos estejam e permaneçam conectados.

Crie rituais de trocas pessoais, seja por interesses musicais, experiências de viagens ou gostos diversos. Pessoas que compartilham de gostos pessoais similares criam laços e redes de apoio mais ativas e mais eficazes do que apenas conexões profissionais.

Deixo um artigo sobre "o que são rituais e sua importância para as comunidades"

 

 

 

Samira Nagib

Paulistana, graduada em Sociologia e Política pela FESPSP e pós graduada em Gestão Cultural pelo SENAC SP. Atua em projetos de impacto social há mais de quatorze anos, dialogando direitos humanos, relações humanizadas e formações educacionais.

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