Como começar uma comunidade do zero

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Quando falamos de comunidade, surgem muitas dúvidas sobre o assunto, por isso, Juliana Aranega, diretora de engajamento e conteúdo da MCI, vai te ensinar como criar uma comunidade do zero.

 

A MCI é uma empresa de marketing e engajamento de origem Suíça que está presente em 31 países. Juliana lidera a área de comunidades no Brasil e (quando?) recebeu o desafio de começar uma comunidade do zero.

 

 

Tendo vivido essa experiência Juliana ensina  como começar uma comunidade do

 

Ela cita os 9 pontos que você deve seguir pra começar uma comunidade do zero. Bora ver!



1 - Propósito da comunidade

 

Juliana começa falando sobre o primeiro ponto, que é pensar qual o seu propósito da comunidade. 

 

Faça perguntas como: onde eu quero chegar? Qual o objetivo de criar essa comunidade? O que ela vai  trazer para seus membros?  Todas elas vão te ajudar a identificar por que aquela comunidade de fato precisa nascer.

 

2 - Público-alvo

 

Depois de analisar qual o objetivo da criação da comunidade, Juliana menciona o segundo ponto, que é o público-alvo.

 

A gente precisa saber quais tipos de pessoas queremos ter dentro da comunidade porque uma comunidade pode ser composta pelos mais diversos públicos. 

 

Sobre esse tema da diversidade, Juliana comenta: “É bem importante também saber que, desde o começo, a gente precisa pensar na diversidade. Depois que a comunidade se forma, o grupo está já fortalecido, a gente tenta trazer a diversidade. Depois é muito mais difícil. Então, o tema diversidade tem que estar desde o dia zero presente na sua comunidade. Pensar que a gente sabe que, quanto mais diversa, mais coisas interessantes sobem, surgem mais pontos de vista."

 

Essa é boa parte da  estratégia. Entender qual é o nosso propósito em ter essa comunidade e quem são as pessoas que a gente vai engajar, ou seja, o seu público-alvo.

 

3 - Métricas

 

As métricas são fundamentais e aí eu acho que tem 2 abordagens importantes. A gente precisa provar pra empresa que a comunidade é uma estratégia importante e é uma vantagem estratégica. 

 

A comunidade é uma vantagem estratégica porque por mais que alguém tente copiar a estratégia da comunidade, nunca vai ser o mesmo grupo, nunca vão ser as mesmas trocas, as mesmas conversas, mesmas dúvidas.

 

Então, as métricas nos ajudam a mostrar isso para os nossos responsáveis e também saber se a gente está no caminho daquilo que a gente se propôs a fazer.

 

4 - Rituais

 

Os rituais são extremamente importantes pro desenvolvimento da comunidade. 

 

Você deve analisar 4 perguntas: como é que a gente recebe um novo integrante da comunidade? Que tipo de onboarding a gente faz? Que tipo de troca tem aqui dentro? O que ele precisa, o que ele está buscando dentro da nossa comunidade? 

 

Sobre isso, ela menciona: “A gente tem um grande encontro anual em que todo mundo se junta, se diverte, fala de outras coisas, não necessariamente sobre o tema. Que tipo de ritos a gente faz para quem está comemorando? Quem já está há 5 anos, há 3 anos, há 10 anos participando da comunidade, a gente precisa pensar nesses momentos  ritualísticos. São fundamentais para as comunidades.”

 

5 - Ter constância

 

Quando a comunidade está no começo, parece que ela não sai do lugar. As empresas têm um pensamento de que a comunidade nem sempre corresponde à expectativa. Então, é um trabalho de constância. 

 

6 - Recompensar os membros mais engajados

 

Existem aquelas pessoas que são super engajadas, que têm um destaque dentro da comunidade. Precisamos reconhecer quem são essas pessoas e recompensar essas pessoas.

 

Juliana cita o exemplo da sua comunidade: “A gente pode pensar que MCI administra uma comunidade - a Wiit - de mulheres na tecnologia. Essa comunidade fortalece mulheres que estão no começo de carreira ou estão querendo migrar de carreira para a tecnologia. Então, o que a gente oferece para as mulheres mais engajadas são mentorias com profissionais que elas mesmas admiram e indicam. Então, tem grandes nomes que tiram lá um tempo por mês para melhorar essas meninas. Essa é uma recompensa.”

 

Dá para ser criativo e fazer recompensas para que as pessoas se sintam realmente premiadas e reconhecidas.

 

7 - Plataformas

 

Por onde eu vou falar com essas pessoas? Estou começando a minha comunidade do zero, onde é que eu vou encontrar os membros que eu quero trazer?

 

Sobre as plataformas, Juliana dá uma super dica pra quem tá começando uma comunidade e não sabe por qual plataforma começar.

 

“Esse é um erro muito comum, porque geralmente, quando a gente senta com o cliente para falar, a primeira coisa que o cliente fala para a gente é que precisa de uma plataforma. A gente fala, calma… Num primeiro momento, é muito importante que a gente esteja em vários canais. Depois que a comunidade atinge uma maturidade bacana, de repente faz sentido migrar para uma plataforma exclusiva e nova, mas tente estar onde essas pessoas já estão. É mais fácil de você ter bons resultados com isso.”

 

Faça sempre testes e veja qual se adapta melhor pra sua comunidade.

 

Juliana dá outra dica: “Esse ambiente de comunidade é muito aberto para coisas novas, não é? As pessoas querem saber, querem falar, querem trocar, então, aproveitem isso. Testem coisas novas e esqueçam aquelas coisas tradicionais que a gente já faz na comunicação e no marketing de sempre.”

 

8 - Seja útil para os membros

 

Outro ponto fundamental que faz com que as pessoas se mantenham engajadas na sua comunidade é fazer com que a comunidade seja útil para os membros. 

 

Juliana afirma: “Se ela (a comunidade) não ajudar as pessoas a resolver alguma coisa, é muito difícil que elas virem membros ativos. A comunidade precisa ser útil, precisa trazer soluções, precisa resolver problemas que as pessoas estão vivendo.”

 

9 - Senso de pertencimento

 

Sobre esse tema, Juliana conta: “Você deve garantir que todo mundo é ouvido. Isso é fundamental para a gente ter senso de pertencimento. E aí, como Community Manager, eu acho que o nosso papel é conseguir fazer essas conexões e abrir esses espaços para as pessoas falarem, ouvirem, responderem. A gente fala muitas vezes “Pô, tem comunidade que o pessoal tá lá e ninguém responde”. O Community Manager tem a obrigação ter a resposta ou estar conectado e ir atrás."

 

Quer conferir essa palestra completa? 

 

Veja o vídeo abaixo:

 

 

Emiliano Agazzoni
Emiliano é o maior especialista em estratégias para comunidades do Brasil e desenvolveu o primeiro curso e workshop sobre estratégias de comunidades do país antes de fundar a Community Manager School.

 

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