Comunidades e Web3: O que vai mudar e quais são as oportunidades?

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Bianca Brito, fundadora da Beta 101 & Cora, falou no CM Summit 2022 sobre Comunidade e Web 3. 

 

 

Bianca Brito tem uma longa carreira em publicidade e já trabalhou em grandes agências de publicidade, tendo participado da construção de posicionamento e comunidades de marcas como:

 

  • TikTok
  • Toyota
  • Ambev
  • Grupo Arezzo
  • John Deere

 

Hoje em dia, Bianca tem uma empresa focada em comunidades na Web 3 e em inserir mais mulheres neste contexto.

 

Explicando sobre sua profissão, Bianca mencionou: “Eu não sou de tech, eu sempre fui publicitária, eu sempre trabalhei com o marketing, mas eu entendi que Web 3 não é só sobre novas tecnologias, sobre novos comportamentos.”

 

Além da empresa Beta, Bianca também fundou a comunidade chamada Cora, que é uma comunidade de mulheres que buscam se conectar e cocriar uma Web 3 mais plural e inclusiva. 

 

Bianca conta que teve essa iniciativa depois que percebeu que esse universo da Web 3 era um universo majoritariamente masculino. Isso a incomodava. 

 

Um belo dia, Bianca postou um conteúdo no seu LinkedIn e perguntou: “Cadê as mulheres da Web 3?”. Essa simples pergunta viralizou.

 

O que é Web 3

 

Lá pelos anos 90, a gente vivia a era da informação em que basicamente o nosso acesso à internet era um acesso pelo Google, pelo Yahoo. 

 

Era um momento em que a gente só lia, a gente não tinha muita interação. Acessávamos os portais para ter informação.

 

Já nos anos 2000, as pessoas começaram a perceber que receber as informações não era mais suficiente. As pessoas queriam participar.

 

Então a gente viveu a economia das plataformas e aí vieram as redes sociais que a gente já conhece:

 

  • Orkut
  • Facebook
  • Instagram
  • YouTube

 

A partir daí, a internet não era um lugar só para ler informações, mas também era um lugar em que a gente escrevia e colaborava com nossa opinião.

 

Com isso, surgiram as comunidades online. 

 

As marcas começaram a olhar para as comunidades e perceberam o quanto era importante inserir as pessoas dentro da construção. 

 

Agora, a gente está vivendo a transformação da Web 2 pra Web 3: podemos dizer que estamos vivendo a Web 2.5.

 

A gente tem acesso a plataformas com as quais a gente colabora, mas a gente também pode ter um pedacinho da internet. 

 

Ainda é um momento que a gente está construindo, mas o grande shift dessa evolução é quando a gente olha que a informação evolui para a plataforma e a plataforma está evoluindo para a economia da propriedade.

 

Sobre isso, Bianca menciona: “Eu confesso que me deixa muito animada perceber quanta coisa a gente pode criar, principalmente quando a gente pensa em comunidade. Um ponto muito importante é que não vai existir um dia em que a Web 2 vai acabar. A Web 2 não vai acabar para Web 3 começar a evoluir. Estamos entendendo que, de fato, não existe um marco de uma coisa pra outra, a gente já está vivendo essa evolução.”



O que é Web 3 e qual sua influência sobre as comunidades




A relação entre Web 3 e as comunidades



Falando sobre essa relação, Bianca diz: “Web 3 é sobre a comunidade. É um novo momento da internet em que você tem propriedade de alguma coisa e, de fato, isso conecta as pessoas entre si dentro de uma comunidade. A comunidade é o grande core da Web 3.”

 

Sobre o metaverso, ela citou: “O metaverso nada mais é do que a experiência que essa internet vai proporcionar para a gente. Não é simplesmente um avatar que você tem e que você conecta. É muito mais que isso.”

 

Quando falamos de metaverso podemos imaginar, de cara, um avatar.

 

O avatar resume bastante o que é o metaverso - que é uma identidade -, mas o metaverso não é um lugar, não é uma plataforma, mas, sim, toda experiência que essa economia da propriedade vai criar. 

 

O que isso impacta na forma com que construímos comunidade? O que vai mudar na forma de construir? 

 

Se você puder controlar o valor e a escassez da marca que você mais ama, isso faria muita diferença. 

 

Bianca menciona um exemplo: “Imagina que você é muito fã da Coca-Cola e você compra Coca-Cola todos os dias, mas você não tá ganhando nada com aquilo. Você está ganhando o produto de fato, então é uma relação transacional, mas e se você pudesse comprar um ativo digital da Coca-Cola que se valorizasse com o tempo?”

 

Outro exemplo citado foi o de um Influenciador.

 

“Imagine um influenciador que você ama. E se você pudesse fazer parte de alguma linha de produtos dele tendo uma NFT, uma propriedade ou até mesmo uma marca? Imagine que bacana você poder cocriar com isso.”

 

Hoje você é fã da marca, mas se você pudesse ser sócio sem precisar ser de fato uma grande estrela, isso faz toda a diferença porque aproxima mais marcas e criadores das suas audiências. 

 

É importante ter um projeto Web 3 para começar a criar sua comunidade, pra começar a engajar a sua comunidade porque uma comunidade forte e muito bem engajada, mesmo que não tenha um produto, tem um valor infinito. 

 

Bianca citou na palestra o exemplo de 2 marcas brasileiras.

 

  • Reserva

 

“Um exemplo que eu gosto muito de dar é a questão da Reserva. Ela já tem uma comunidade espalhada porque é uma marca muito bem construída, tem diversos programas que unem os consumidores e clientes… Agora, eles estão também para lançar um outro projeto em que você vai poder comprar um NFT de um tênis. Você pode escolher se ele vai ficar guardado, se você vai querer resgatá-lo fisicamente ou se você não vai querer resgatar, se vai querer segurar, e aí é uma decisão sua, porque a partir do momento que você resgata, ele não vai ter o valor que ele pode ter daqui a 10, 20 anos.”

 

  • Boca Rosa 

 

Boca Rosa, marca criada pela influencer Bianca Andrade, lançou uma das coleções de seus produtos no metaverso.

 

8 exemplos de metaverso pra você conhecer

 

Boca Rosa criou uma realidade virtual em que coloca os produtos pra vender. 

 

Bianca explica: “Quando a gente pensa na adoção em massa, isso é muito interessante… Pra poder comprar um produto dentro de um universo criado pela Boca Rosa você não precisa entrar no e-commerce tradicional. A marca criou todo um universo digital, fez uma live dentro desse universo, uma live simples, colocou os produtos lá, os benefícios e uma forma de comprar.”

 

A Boca Rosa já tem uma comunidade muito forte e engajada no Telegram, onde as pessoas estão ali falando todos os dias. A marca cria, ativa ações com a comunidade, ouve a comunidade, tem todo um viés de exclusividade para quem está lá.

 

Bianca também menciona um dado interessante: “O Brasil está em terceiro lugar na compra de NFTs.” 

 

A gente tem que, de fato, começar a estudar mais sobre isso, porque tem muita oportunidade de engajar as audiências dentro desse universo.

 

Assista a essa palestra completo no vídeo abaixo:

 

 

 

 

Gabriela Montezi
Gabriela é analista de marketing digital da CM School, apaixonada pelo mundo digital e por criar conteúdos.

 

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