Comunidades LGBTQIA+: onde estão e o que fazem

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Muito se tem falado sobre diversidade e inclusão nas empresas, nos círculos sociais, em todo e qualquer ambiente.

 

Nesse artigo vamos te contar os principais desafios da comunidade LGBTQIA+, a importância do digital pra comunidade e alguns exemplos de inclusão e diversidade em empresas e startups. 

 

Principais desafios

Os desafios enfrentados pela população LGBTQIA+ no Brasil são grandes, pois é nítido que ainda existe preconceito de muitas pessoas na hora da contratação de membros da comunidade. Vamos mostrar alguns destes desafios. 

 

  • Dificuldades no mercado de trabalho

 

Quando falamos do mercado de trabalho, os desafios infelizmente ainda são enormes para a comunidade LGBTQIA+.

 

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Center for Talent Innovation, um "think tank" sem fins lucrativos , 61% dos funcionários gays e lésbicas decidem esconder sua sexualidade de gestores e colegas em virtude do medo de perderem o emprego.

 

A pesquisa ainda revelou que:

 

  • 33% das empresas do Brasil não contratariam para cargos de chefia pessoas LGBTQIA+;
  • 41% das pessoas LGBTQIA+ afirmam terem sofrido algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho;
  • 90% de travestis optam pela prostituição porque não conseguem nenhum outro emprego, inclusive aqueles que têm boas qualificações.

 

Com isso, grandes empresas de diversos segmentos passaram a promover o Fórum de Empresas e Direitos LGBTQIA+, que tem como objetivo criar condições e assegurar políticas e práticas para incluir a população LGBTQIA+ no mercado de trabalho. 

 

  • Dificuldades no acesso à saúde

 

Direito garantido por lei, o acesso à saúde é oferecido pelo sistema público ou particular e, na teoria, deveria atender todas as pessoas de forma humana, respeitosa e integral. Porém, essa não é a realidade de muitas pessoas LGBTQIA+.  

 

Segundo o Dossiê Saúde das Mulheres Lésbicas – Promoção da Equidade e da Integralidade, cerca de 40% das mulheres que buscam o serviço de saúde não revelam sua orientação sexual. 

 

  • Dificuldades na educação

 

Segundo uma pesquisa nacional sobre o ambiente educacional no Brasil em 2016, feita pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, 73% dos alunos LGBTs entrevistados já sofreram agressões verbais. 

 

O resultado é que raramente concluem os estudos e frequentemente são expulsos de casa e excluídos do mercado formal de trabalho.

 

 

A importância da Internet pra comunidade LGBTQIA+

 

A Internet vem sendo cada vez mais importante para os membros da comunidade LGBTQIA+ no momento de assumir a sua orientação sexual. 

 

Segundo uma pesquisa feita em maio de 2019 pelo aplicativo de encontros Tinder, 1 em cada 5 membros desta comunidade afirmam que preferem fazer o anúncio de sua sexualidade através de um vídeo ou de uma publicação no Twitter.

 

Enquanto assumir a sua orientação sexual perante as pessoas mais chegadas pode ser uma situação mais difícil, fazer isso no virtual normalmente é algo mais tranquilo. 

 

A comunidade no mercado digital

 

De acordo com dados da Abstartups (Associação Brasileira de Startups), das mais de 13 mil startups no país, apenas 3,9% possuem fundadores homossexuais, 1,5% bissexuais e 0,1% transgêneros, enquanto 0,2% possui outra orientação sexual. 

 

Heterossexuais correspondem a 92,3% dos criadores de negócios com base tecnológica no país. 

 

Falando em empregabilidade, 75% das startups brasileiras acreditam que apoiar a diversidade e inclusão em seus negócios é um fator importante, mas na prática, apenas 3,3% dessas entram em ação.

 

Vamos listar 4 startups/empresas que promovem a inclusão de pessoas LGBTQIA+:

  • Camaleao.co

Além de fazer o match entre perfis da comunidade e as posições disponíveis nas companhias, a startup também promete criar soluções para que os negócios sejam mais inclusivos.

 

  • TODXS

A TODXS é uma startup social brasileira sem fins lucrativos que promove a inclusão LGBTQIA+. 

 

Seu trabalho consiste em empoderar a comunidade, educar a sociedade e transformar o Brasil em um país verdadeiramente inclusivo e sem discriminação.

  • Lacrei

A Lacrei é uma startup que auxilia na busca pela garantia dos seus direitos.

 

É o primeiro portal criado para conectar a comunidade LGBTQIA+ à profissionais de saúde, advogados e empresas que respeitam a diversidade oferecendo oportunidades de trabalho e desenvolvimento profissional.

 

Em sua plataforma virtual, é possível encontrar serviços médicos que aceitem e respeitem a comunidade LGBTAQIA+. 

 

Além disso, você conta com a ajuda de advogados e aprendizados jurídicos para saber como proceder em casos de violação de direitos e também pode participar de um fórum de discussões sobre a inclusão da comunidade.

 

Por último, os usuários têm acesso a uma rede de empresas inclusivas e acolhedoras que oferecem oportunidades de empregos.

 

  • Semente Negócios

 

A Semente Negócios é uma empresa de educação empreendedora que tem o propósito de promover a prosperidade por meio da inovação. 

 

A empresa conta com 27% dos colaboradores que pertencem à comunidade LGBTQIA+. Além disso, a empresa adota algumas práticas para favorecer a igualdade entre os gêneros.

 

“Nós implantamos um processo seletivo inicial sem dados pessoais, além da prospecção ativa posicionada como diversa, comunicação empresarial posicionada a favor da diversidade, e ações internas como comitê de diversidade, conversas estruturadas e treinamento de diversidade”, afirma a sócia e diretora de operações da Semente Negócios, Alline Goulart.

 

Além desses benefícios, a empresa também conta com licença-maternidade e paternidade de seis meses, incluindo os casais homoafetivos.

 

Quer saber mais sobre a representatividade do grupo LGBTQIA+ nas comunidades? 

 

No CM Summit 2022, o primeiro e maior evento de comunidades e engajamento da América Latina, vai falar sobre esse tema. 

 

Victor Lambertucci vai liderar um bate-papo com o tema “Porque representatividade é tudo nas comunidades?”.

 

 

O evento vai rolar nos dias 07, 08 e 09 de novembro. Será um evento híbrido, nos dias 07 e 08 online e no dia 09 presencial em São Paulo. 

 

Clique no link abaixo pra participar desse mega evento!

CM Summit 2022

 

 

 

Amanda Salim

Amanda é jornalista, especialista em comunicação digital e cofundadora da CM School.

 

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