Estratégias de relacionamento com comunidades de tecnologia

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Saiba tudo que rolou na palestra de Thais Lopes, Community Relations Specialist da Take Blip, uma plataforma de comunicação automatizada, que aconteceu no CM Summit 2022.

 

Quem é Thais Lopes

 

Thais é uma mineira de Belo Horizonte formada em relações públicas, com especialização em branding e gestão de marcas. 

 

Ela atua na área de tecnologia há 2 anos. Atualmente ela faz parte do time da Take Blip, onde trabalha como Tech Community Relations.

 

 

A importância de desenvolver um relacionamento com uma comunidade de tecnologia

 

“A gente vive numa era digital cada vez mais digital. A gente já está falando sobre metaverso, realidades totalmente virtuais, então, provavelmente, em algum momento você vai ter contato com esse público também.”

 

Então, saber algumas estratégias vai ajudar - tanto você que já trabalha na área - ou você, que em algum momento vai precisar dessa conexão. 

 

A área de tecnologia abrange muitos assuntos e é bem complexa. 

 

Tá todo mundo contratando profissionais de tecnologia hoje em dia, seja pra vender um novo serviço ou criar um novo produto. Então, devemos começar analisando o que queremos com essa galera, qual o objetivo de nos conectar com essas pessoas.

 

Depois, é importante pensar também o que o seu negócio pode entregar de valor para essas comunidades de tecnologia. Não adianta você só querer tirar alguma coisa de proveito daquilo sem ter nada para oferecer em troca porque comunidades são relacionamentos. 

 

Tendo isso em mente, você já pode construir uma ponte com essas comunidades.”

 

Veja o que Thais mencionou sobre isso: “Eu gosto muito dessa frase da Carol Villas Boas (Head de Developer Relations na Zup Innovation, uma empresa de tecnologia e engenharia de Software) em que ela diz que nas comunidades eu sou os ouvidos da empresa e dentro da empresa eu sou a voz da comunidade... quero ouvir a comunidade, o que eles têm a dizer e trazer isso para dentro da empresa.”

 

Falando sobre Developer Relations, ela afirma: “É importante considerar que quando eu falo Developer Relations, eu não estou falando só de pessoas programadoras. Eu estou falando de pessoas desenvolvedoras de um produto. Então, eu tô falando, por exemplo, de UX Designer, analistas de dados e outras pessoas que trabalham aí nesse mercado desenvolvendo um produto de fato.”

 

O UX designer tem como papel trabalhar toda a jornada do usuário, arquitetura da informação e demais pontos de contato entre plataforma e público, cuidando dos elementos que afetam a experiência do cliente e que possam influenciar as suas percepções, emoções e comportamentos.

 

Resumidamente, podemos dizer que UX Design é uma área cujo objetivo é garantir que o usuário tenha a melhor experiência de uso com relação a algum produto ou serviço.

 

Como criar uma estratégia pra se relacionar com essas comunidades

 

Depois que você já sabe qual é o objetivo e o que você tem pra oferecer em troca, começamos com o mapeamento inicial. 

 

Pra isso, Thais menciona 3 passos:

 

  • Passo 1: Mapear os interesses. 

 

A gente começa identificando quais são as comunidades que já tratam sobre as pautas de interesse do seu negócio.

 

Faça uma listagem de quais são as comunidades que, a princípio, tem mais a ver com o que você está buscando para o negócio. 

 

  • Passo 2 : Marcar presença nos canais de comunicação. 

 

Existem diversos canais que são usados por profissionais da área de tecnologia para se conectar com o com outras pessoas. 

 

São muitos fóruns, grupos de discussão, além dos diversos meetups e eventos presenciais e online. Também é importante você marcar presença nesses espaços para ver o que já está sendo discutido, o que está em alta.

 

  • Passo 3 : Partir para as oportunidades. 

 

Quando se trata de propor conexão, é muito sobre começar a marcar presença, entrar em contato com algumas pessoas, com as lideranças dessas comunidades.

 

Thais menciona que é importante você não propor nada de cara. 

 

Porque, antes disso, é fundamental ouvir o que as comunidades têm a dizer. 

 

As comunidades têm causas e necessidades diferentes. Então, é muito importante ouvir primeiro o que elas têm para trazer para essa troca. 

 

Sobre isso, Thais menciona: “Não adianta você chegar lá de cara, bater na portinha da comunidade e falar:  fulano, vi que sua comunidade é pra mulheres na área de dados. Eu estou procurando mulheres na área de dados para fazerem parte. A gente vai lançar um programa de formação para esse público. Você pode ajudar a gente a divulgar esse programa, sendo que nunca teve nenhum contato com a comunidade? Não é legal de repente aparecer para você, querendo que você faça alguma coisa com um poder de influência que você tem ali, com o seu público ou com sua comunidade, sem nunca nem tentar uma aproximação antes.”

 

Você deve, antes de mais nada, oferecer uma proposta:

 

  • conhecer o terreno
  • conhecer o contexto
  • ver o que faz sentido e conversa com as comunidades
  • escutar o que elas têm a dizer, o que elas realmente precisam e o que elas estão buscando

 

Uma dica que Thais deu pra começar a marcar presença dentro dessas comunidades é compartilhar conhecimento dentro das comunidades técnicas. 

 

Se você, community manager, não têm esse conhecimento técnico, você pode se conectar com pessoas que tenham.

 

Falando sobre o poder dos eventos, Thais conta que podemos fazer eventos menores, gastando menos pra entender mais o público com o qual queremos nos conectar.

 

São encontros onde se discute sobre um tema em comum, onde todo mundo pode trazer em ponto de vista, compartilhar suas dores, soluções, o que já fizeram para lidar com aquele problema, etc.

 

Para fazer esses eventos online, Thais citou algumas plataformas mais simples, como:

 

  • Zoom,  
  • Google Meet 
  • YouTube

 

Você pode se conectar e puxar essas pessoas para compartilharem o que elas têm feito no trabalho e o conhecimento que elas têm. No momento que você já tem essa conexão criada, já tem um relacionamento inicial, você já consegue gerar algumas pesquisas, fazer algumas pesquisas para entender um pouco mais sobre esse público da área da tecnologia. 

 

Thais explica: “É, não só algo em relação ao seu negócio, mas entender o que a comunidade está esperando realmente em relação a sua marca em relação ao seu negócio, como é que você pode contribuir mais.”

 

Pra finalizar, Thais menciona uma frase que resume uma comunidade.

 

“Acreditar em comunidades não é suficiente. A gente tem que provar que pode funcionar e eu acredito muito que funciona.”

 

Quer assistir a essa palestra completa? 

 

Veja o vídeo abaixo!

 

 

 

 

Amanda Salim

Amanda é jornalista, especialista em comunicação digital e cofundadora da CM School.

 

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