Palavrinha diferente, mas muito comum nas comunidades, os rituais servem, entre outras coisas, para marcar a vida dos membros em momentos distintos e especiais. Conheça os tipos de rituais existentes e saiba quando utilizá-los.
Derivada do latim "ritualis", a palavra ritual está associada à palavra "rito", que vem de "ritus", normalmente entendida como um tipo de cerimônia ou costume.
Desde sempre, os rituais nos ajudam a marcar momentos específicos das nossas vidas. É uma palavra forte, poderosa.
Um chá de bebê é um ritual.
Um casamento é um ritual.
Um funeral também, assim como uma festa (ou ritual) de despedida quando uma pessoa querida decide morar longe, por exemplo.
Isso sem falar nos excêntricos rituais que antecedem jogos de basquete, futebol, etc...
Apesar da palavra estar comumente associada à cerimônias religiosas e até ao ocultismo, quando pensamos em comunidade os rituais podem ser descritos como cerimônias simples, mas sempre com um propósito por trás.
Podem ser atividades, eventos ou momentos especiais dentro da comunidade que marcam a vida do membro.
Os rituais podem ser muito pessoais e servem para dar um sentido mais profundo à uma experiência compartilhada dentro da comunidade.
Normalmente eles têm a função de CONECTAR ou MARCAR um momento na vida do membro, além de servir para reforçar os valores da comunidade.
O Community Manager precisa identificar “quais" são os rituais que fazem sentido para os membros da sua comunidade, “quando” fazem sentido e, assim, colocá-los em prática.
Os 3 principais objetivos dos rituais
Os rituais têm como objetivo:
1) Conectar pessoas
2) Reforçar os valores da comunidade
3) Marcar momentos especiais na vida do membro
Alguns exemplos de rituais que CONECTAM:
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Ritual de Apresente-se, em que os novos membros se apresentam para os mais velhos.
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Reunião de networking.
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Histórias dos membros da comunidade.
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Aniversariante do mês.
Alguns exemplos de rituais que REFORÇAM VALORES:
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Resolver dúvidas com a comunidade. Um ritual no qual a comunidade colabora e se ajuda.
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Semana da doação pode reforçar um valor de solidariedade.
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Celebrar datas especiais, como o dia da mulher, diversidade, festas típicas da cultura de uma região, entre outros.
Alguns exemplos de rituais que MARCAM MOMENTOS ESPECIAIS:
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Ritual de onboarding de novos membros.
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Ritual de saída de membros.
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Ritual de embaixador celebra o momento em que um membro se torna diferenciado, ganhando a posição de embaixador.
Alguns especialistas em comunidade já compartilharam os rituais que criaram para suas comunidades e quais objetivos eles cumprem.
No Mercado Favo, por exemplo, temos rituais para tirar dúvidas, gerar integração entre os membros, promover o senso de pertencimento, reconhecer e premiar, entre outros.
A comunidade, composta de empreendedores, reconhece o valor de cada ritual e percebe os benefícios que cada um traz para sua rotina.
Muitos deles atuam como facilitadores e colaboram com o aprendizado e o desenvolvimento dos demais empreendedores.
Esse é, afinal, o espírito de comunidade!
Rituais compõem a jornada dos membros
Os rituais ajudam sua comunidade a crescer de maneira consistente e contínua.
O Community Manager deve usar os rituais para botar todo mundo no mesmo ritmo e, desta maneira, contribuir para manter viva a essência do grupo.
Entretanto, vale lembrar que a construção da comunidade acontece através da jornada dos seus membros.
As experiências compartilhadas a partir do dia 0 são muito importantes e, com base nelas, seus membros estarão engajados (ou não) para participar dos rituais.
Em outras palavras, se o início da jornada é doloroso, que motivação seus membros têm para participar dos rituais, sejam eles quais forem?
O Community Manager deve se certificar de pensar em cada etapa da jornada e envolver as áreas responsáveis para “abraçar” cada membro e fazer o melhor por ele a todo momento.
Afinal de contas, o time de Comunidades não trabalha sozinho. As ações são construções coletivas e precisam acontecer de forma coletiva.
Construindo novos rituais
Chegou a hora de construir seus próprios rituais.
Com base na sua estratégia, não se esqueça de definir, para cada um deles:
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O que é (do que se trata exatamente?)
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Qual o objetivo (conectar, reforçar valores ou marcar um momento especial?)
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Quais as ferramentas (selecionadas a partir das funcionalidades, simplicidade no uso e o quanto seu público-alvo está habituado).
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Quais as métricas (o que se quer avaliar neste ritual? Ex. NPS, taxa de presença)
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Em que momento da jornada ele acontecerá? (Ex. primeiro dia, toda sexta-feira, a cada 3 meses)
Construa já seus próprios rituais e/ou inspire-se nos exemplos acima para começar a movimentar sua comunidade.
Em pouco tempo você vai perceber o desenvolvimento e a manutenção da (poderosa!) rede de relacionamento dentro da comunidade e da identidade única que o grupo passará a compartilhar.
Amanda Salim
Amanda é jornalista, especialista em marketing digital e cofundadora da CM School.
