
Vem que vamos te deixar por dentro do bate-papo que rolou entre Martin Vivas, Founder da ThinkLean e Elizabeth Wong,
Martin Vivas é especialista em pensamento de design aplicado a negócios. Já trabalhou como mentor no Google for Startup Accelerator, também criou e desenvolveu programas de aceleração pra diferentes clientes na América Latina.
Elizabeth Wong é Community Builder, Empreendedora e Entusiasta de tecnologia. Ela atua como Gerente Regional de Programas de Comunidade da Techstars.
Nesse bate-papo eles falaram sobre comunidades de tecnologia, quais suas características e a importância delas no empreendedorismo.
Pra começar, Elizabeth definiu o que é uma comunidade de tecnologia: “Um grupo de pessoas que têm um interesse comum e no campo da tecnologia.”
Ela dividiu os interesses em dois:
- pessoas que querem criar coisas com a tecnologia;
- pessoas que precisam da tecnologia pra aprender e compartilhar conhecimentos.
As comunidades tecnológicas estão cheias de empreendedores sonhadores, de pessoas curiosas que estão apenas explorando. Estas novas ferramentas tecnológicas afetam a sociedade, a cultura.
Falando sobre o alcance da tecnologia, Elizabeth mencionou: “Vejo que há 10 anos, a tecnologia ainda não estava ao alcance de todos, eram apenas algumas poucas pessoas que tinham computadores ou acesso a computadores e à Internet. Então, as pessoas que estavam interessadas encontravam esses lugares que eram geralmente fóruns onde podiam compartilhar aprendizagem, experiências, etc., e se conectar com pessoas em outros países, em outras partes do mundo.”
À medida que a tecnologia e o acesso a ela se tornaram mais populares, começamos a ver meetups ou grupos presenciais em diferentes cidades, e as pessoas começaram a se reunir, por exemplo, os desenvolvedores, pra começar a fazer seus primeiros programas ou videogames, por exemplo. Com isso, esses eventos foram se tornando mais populares e começaram a ter eventos em diferentes lugares.
Depois da pandemia, essas pessoas tiveram que se deslocar para o ambiente virtual. A atividade continuou em webinars, fóruns e alguns canais e ferramentas de comunicação direta como Slack, Discord ou WhatsApp, que nos ajudaram a manter contato uns com os outros.
O que faz uma comunidade de Tecnologia e Empreendedorismo ter sucesso?
“O objetivo de criar essas comunidades era recrutar talentos e, uma vez recrutado, a comunidade desaparecia. Obviamente o objetivo de deixar claro porque uma comunidade está sendo criada é muito importante. E, uma comunidade de sucesso depende de qual é o objetivo, da missão dessa comunidade.”
Falando de comunidades de tecnologia bem sucedida, foi mencionado que as comunidades mais bem sucedidas são:
- aquelas que são flexíveis;
- aquelas que têm uma missão clara;
- aquelas que têm uma liderança bem firme e resiliente;
- aquelas que têm uma verdadeira paixão pelo que estão fazendo.
Martin Vivas comenta: “Muitas comunidades têm encontrado dificuldade para se sustentar com o tempo… acho que os líderes de comunidade merecem palmas por terem estado por tanto tempo sustentando isto por muitos anos, algo que trata sempre de dar, de estar atento ao que o outro precisa.”
As comunidades podem nascer dos membros que têm um interesse comum e também podem nascer de uma marca.
O que deve ser muito claro é a intenção e a transparência e que essas comunidades sejam construídas junto com os membros.
Martin Vivas mencionou o exemplo de Palermo Valley, uma ONG com mais de 5.000 membros que promovia eventos pra apresentar alguns projetos de tecnologia a clientes.
Palermo é um bairro localizado na cidade de Buenos Aires, Argentina. Ele disse que a cidade queria entrar pro mapa da tecnologia. Mas, naquela época, Buenos Aires não estava jogando nas grandes ligas das cidades onde a tecnologia era importante.
Eles queriam se conectar com o mundo. Por isso, criaram esse evento pra reunir e compartilhar talentos, elevar o nível, aumentar a visibilidade, promover ideias e startups e colocar Buenos Aires no mapa tecnológico global.
A transparência é fundamental nas comunidades. Saber quais são os interesses por trás.
Elizabeth deu uma dica pra quem pertence a uma comunidade: “Não importa onde você está na estrada. Você, por pertencer a uma comunidade, pode crescer muito. Pra mim, honestamente, isso mudou minha vida, pertencer a uma comunidade, saber que era uma comunidade, pertencer a ela e assim como uma esponjinha, nos primeiros anos tentei aprender o máximo que pude para me conectar com as pessoas tanto quanto pude apenas para encontrar meu caminho.”
Martin Vivas perguntou a Elizabeth: “O que você recomendaria a alguém que está tentando criar sua comunidade em tecnologia hoje?”
Ela responde: “Que crie! Acho que a única maneira, ou seja, criar uma comunidade. Comece tomando café com uma pessoa que tem algo em comum e faça isso todas as semanas e depois convide outra pessoa e pouco a pouco você encontrará seu caminho até lá.”
Pra finalizar, Martin Vivas comenta: “Se eu tivesse que dizer algo para aqueles que estão tentando criar sua comunidade, eu acho que isso também tem a ver com começar em pequenos grupos, mas assegurando que esses vínculos sejam muito sólidos. Uma pessoa não se torna um líder porque ele diz que é um líder, mas porque há muitas pessoas que seguem alguém.”
Pra ver esse bate-papo completo, é só clicar no vídeo abaixo.
Gabriela Montezi
Gabriela é analista de marketing digital da CM School, apaixonada pelo mundo digital e por criar conteúdos.
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