Meu nome é Renata Pires, tenho 42 anos e sou formada em jornalismo. Porém a vida mudou o rumo da minha vida profissional e trabalhei por 15 anos numa companhia aérea, onde aprendi muito sobre gestão de pessoas e de crises.
Em 2020, a pandemia me fez refletir e decidi mudar os rumos da minha carreira. Estava prestes a completar 40 anos e me pareceu um bom momento para recalcular a rota.
Naquele momento, tudo o que eu buscava era mais qualidade de vida. Foram 3 meses de diversos cursos para tentar me reencontrar profissionalmente.
Na minha busca por empresas e por trabalhos dos quais eu me encaixava e poderia contribuir com minha experiência, encontrei a vaga de Coordenador de Comunidade numa empresa que unia logística e tecnologia.
A descrição da vaga parecia ter sido feita exclusivamente para mim. Após um processo seletivo de 1 mês, eu era a mais nova Coordenadora de Comunidade da Regional Nordeste. Ah! Esqueci de falar, sou pernambucana com orgulho.
Estou na empresa desde setembro de 2020 e a comunidade que ajudo a coordenar é a de entregadores autônomos.
Quando você recebe um pacote de algum e-commerce que comprou, existem grandes chances desse pacote ter sido entregue por um dos motoristas autônomos que utilizam o aplicativo da empresa que trabalho.
O principal desafio de gerenciar e engajar essa comunidade, é fazer isso de maneira sutil, controlada e coordenada.
Além disso, o WhatsApp não é uma possibilidade de utilização (tenho planos que essa limitação mude),então, como fomentar uma comunidade tão grande, plural, e com poucas possibilidades de contato? Pessoalmente? Por telefone? Por e-mail? SMS? Todas elas e para assuntos diferentes, respondo.
Na comunidade que trabalho, o principal desafio é nunca me limitar pensando que “não tenho permissão”. Tenho ao meu lado times incríveis, que me ajudam a pensar em alternativas para as minhas ideias de fomentar a base de entregadores autônomos.
Outro desafio é como conseguir comunicar da melhor maneira e fazer com que a comunidade se mantenha ativa, já que apenas 20% de todas as pessoas cadastradas se mantém fazendo entregas.
As melhorias do aplicativo são comunicadas dentro do próprio app. Quando queremos reforçar as informações do Clube de Vantagens, informações sobre segurança no trânsito, por exemplo, a comunicação é feita por e-mail. Uma vez por semana e sempre no mesmo horário.
Além das comunicações, o time vai fisicamente até pontos de coleta conversar com a comunidade e entender as necessidades in loco. Cafés e lanches são feitos periodicamente para estimular a participação. Fora isso, também fazemos campanhas de engajamento, pesquisas direcionadas e buscamos diversas maneiras de ouví-los .
Em 2022 foram 3 campanhas, onde as pessoas mais engajadas ganharam prêmios e brindes exclusivos. Criamos um Clube de vantagens, onde empresas parceiras oferecem descontos exclusivos para os motoristas autônomos que usam o aplicativo.
O grande desafio é ouvir as dores e expectativas da comunidade e sempre pensar em diversificar a comunicação voltada para o engajamento.
O principal aprendizado na minha experiência como CM ao longo desses dois anos é que nunca devo pensar que conheço a comunidade com profundidade. Isso me ajuda a sempre ter em mente que preciso diversificar para engajar.
Entendi que, pelo menos a cada 3 meses novas ações devem ser testadas porque esse é um bom termômetro para entender em tempo “real” as características do público.
Fazer análise de NPS também é um excelente termômetro de algumas características, elogios e dores da comunidade.
Em dois anos, tenho algumas histórias de sucesso e também de erros e aprendizados. O que me mantém empolgada com o meu ofício é que nenhum dia é igual ao outro e nenhuma ideia de ação pode ser descartada e sim, adaptada.
Coordenadora de Engajamento de Parceiros. Meu time é responsável por criar planos de comunicação e engajamento para manter a comunidade de parceiros entregadores utilizando o aplicativo para fazer entregas de maneira ativa e constante.
