3 formas de aumentar o engajamento com eventos online

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aumentar o engajamento com eventos online

Adriana Giglio, da Bold Eventos Estratégicos, dá dicas de ouro para você engajar os membros da sua comunidade através de eventos online.

Emiliano Agazzoni, fundador da CM School, conversou no Instagram com Adriana Giglio, estrategista de eventos corporativos e fundadora da Bold Eventos Estratégicos, sobre como as comunidades podem conseguir mais engajamento através dos seus eventos.

Adriana Giglio: A Bold é especialista em planejamento de estratégias de eventos. A gente faz essa parte do planejamento e também ajuda a produzir os eventos porque acreditamos muito no sonho que a gente constrói juntos. Criamos estratégias de vendas, patrocínio, comunicação e experiência. O que eu falo para todo mundo é que evento é um meio. É uma ferramenta que vai ajudar a empresa a atingir seus objetivos.

O que aconteceu em 2020 foi um desespero, um colapso. Quando você pensa em evento, a principal característica é aglomeração (principalmente eventos de comunidade em que rola happy hour, networking) e as pessoas tiveram que parar de se aglomerar. Então as pessoas se perguntavam como iam fazer isso no online.

Evento online não é uma repetição do que acontece no mundo físico. A gente tem que se reinventar, repensar e usar os eventos como uma ferramenta para manter a conexão, o engajamento.

Estamos rodando uma pesquisa interna com Community Managers e CMOs de várias empresas e qual foi o maior desafio dos eventos em 2020? Foi, disparado, engajamento. Muita gente simplesmente pegou o conteúdo físico e jogou no online sem se preocupar com outras coisas. As pessoas querem mais do que simplesmente darem sua opinião, reagir.

Até surgiu a polêmica: live é evento? Webinar até pode ser, mas live no Instagram não é evento. Depende muito da estrutura, de como você prepara o evento.

 

2020 foi um ano cheio de aprendizados, o mercado de eventos foi muito afetado, muitos outros setores ainda não conseguiram migrar para o online e 2021 ainda será um ano de muitos eventos online e eventos híbridos.


Quem é, o que faz e quanto ganha um Community Manager.



Os eventos online abriram muitas portas e muitos olhares dos organizadores para alcance. Por exemplo, você tem a oportunidade de participar de um evento que antes nunca pode…

Vi uma pesquisa que saiu da Europa que mostra que 55% das pessoas que estão assistindo a um evento online estão fazendo outra coisa ao mesmo tempo. Como competir com isso, como prender a atenção do usuário? As pessoas estão o dia inteiro em frente à tela, estão cansadas e não aguentam mais.

 

Vamos, então, às 3 dicas para aumentar o engajamento nos seus eventos online!

 

Dica 1: Conheça o seu público

Parece óbvio dizer isso, mas pouquíssimas pessoas sentam e ouvem o que o público quer. Tirar uma hora do seu dia, pegar 3, 4 pessoas (dos mais tranquilos aos mais críticos) e conversar. É pesquisa, é conversa, é olho no olho.

Você precisa saber quem é o seu público. Precisa saber o que ele quer. Se você sabe para o quê ele dá valor, é muito mais fácil você gerar valor para ele. Faça escuta ativa, aquele famoso “fala que eu te escuto” para entender como tem sido a vida dele com a empresa.

O mapa de empatia é muito subestimado. Você precisa entender quais são as dores do seu público, entender o que ele precisa para entregar aquilo para ele.

“O que você tem lido, tem visto por aí, quem te inspira, quais são as redes sociais, as ferramentas que você está usando” são perguntas boas para se fazer.

Muita gente não vai ao evento ao vivo porque sabe que vai ficar gravado depois, então esse é um gatilho. Por que estar ao vivo? O que você vai fazer, entregar ao vivo que ele realmente precisa estar ali com você?

Eu digo que conteúdo é rei, experiência é rainha e tecnologia é o castelo. Você tem que utilizar o conteúdo como produto (inclusive para monetizar), mas a experiência para mim é primordial. Para participar ao vivo é a experiência. Se aquele evento tá resolvendo a minha dor ou entregando algo que estou aprendendo, eu vou prestar atenção.

A chave é conhecer a dor do seu público e entregar a solução para ele. De que forma? Há várias. Conteúdo, networking, experiências…

Dica 2: Crie momentos para entregar soluções

Não adianta nada você saber que a sua comunidade quer fazer networking se você não abre espaço para isso no evento que você está fazendo.

Uma boa ferramenta para networking online, por exemplo, é o Zoom. A divisão de salas funciona super bem, é muito bacana. O Silicon Drinkabout, um dos maiores eventos de newtorking de São Paulo, acontecia presencialmente em formato de happy hour. Com a pandemia e sem a cerveja para unir e conectar as pessoas, o Zoom trouxe um baita apoio para o evento. A gente divide as pessoas em salas, você não sabe com quem você vai cair e aí você fica entre 5-10 minutos se apresentando pra quem tá na sala.

A própria CM School usa este esquema das salas do Zoom.

Agora, falando de serendipidade, tem o Snapchat e o Wonder. Você cria salas e vai arrastando até uma pessoa, aí ela abre a câmera, o microfone e as pessoas trocam. Fiz um evento com gamificação e havia o prédio da serendipidade no qual embedamos o Snapchat. Foi muito bacana.

Você precisa dar a chance pro seu público ser protagonista, participar, fazer parte da programação.

 

Uma outra ferramenta muito bacana é o Clubhouse. Participei de um evento há 2 semanas cujo happy hour aconteceu no Clubhouse. O organizador queria ouvir o que as pessoas acharam do evento, então pediu para todos subirem no palco e falarem.

Emiliano Agazzoni: O Telegram também tem essa ferramenta, se chama Voice Chat e tem nos grupos, então pode ser usada numa dinâmica similar.

AG: Eu acho o Telegram muito subestimado, o que vocês acham? Ele tem muitas possibilidades para comunidades. 

 

Dica 3: Conheça diferentes ferramentas

Para escolher as ferramentas certas para o seu evento, você precisa conhecer seu público (lembra da Dica 1?).

Se o seu público é sênior, você vai usar o Snapchat? Se ele não tem o costume de usar aquela ferramenta, vai ser muito difícil para ele, ele não vai engajar. A primeira barreira tecnológica que aparecer pela frente, vai fazê-lo desistir.

Vale colocar sua avó, por exemplo, para testar. Alguém que não tenha contanto com aquela ferramenta e veja o que acontece.

É muito importante criar um manual de instruções para o usuário. Eles devem receber dias antes explicando o ambiente virtual, as possibilidades, como podem aproveitar, tudo que preparamos.

Na abertura do evento deve ter um host, um mestre de cerimônias que vai explicar o que vai acontecer ao longo do dia, ao longo do evento, explicar como funciona a ferramenta. Quando você está montando o roteiro, coloca aqueles momentos de pausa para aproveitar e explicar o que tem de possibilidade para que todos possam interagir.

O photo booth é uma ferramenta bem legal. A pessoa tira a foto com o logo da empresa e compartilha. A Photomatic te dá a possibilidade de criar uma moldura personalizada do evento e, no final de um evento que foi um case que fizemos, encerramos mostrando a frase do evento montada através das fotos de todo mundo, como se foi um mosaico. Aquilo deu um arrepio, foi um momento wow!

Tem mil ferramentas… Pense no que as pessoas querem. Esse evento em si as pessoas queriam contato com outras pessoas, não queriam perder o protagonismo e que fosse algo leve para gerar senso de pertencimento.

Senso de pertencimento é algo muito importante em comunidade.

Ah, importante ter insights prontos na manga. Por exemplo, neste evento que foi um sucesso, tivemos um problema de conexão. Aí que enquanto o palestrante não entrava a gente ia lendo alguns comentários super importantes. Mandei os comentários por WhatsApp para o mestre de cerimônias ler. Foi um super improviso, mas deu certo.

Importante sempre ter um plano B, C na manga.

EA: E kits de eventos, como fazer no online?

AG: Depende muito do tamanho e alcance do seu evento. Já fiz eventos no Brasil todo e seria inviável enviar algo personalizado pelos Correios. O que dá para fazer é criar kits patrocinados - é uma forma de monetização também. Entregar uma sacola personalizada com uma experiência, por ex.

É a mesma coisa que presencial, mas analise de perto a viabilidade disso. Não prometa antes de ver se é realmente viável.

Vi um evento que entregou um kit com os crachás de todos os eventos passados, todas as outras edições. “A gente tá longe, mas tá junto há muito tempo” e mostrava os crachás com os nomes do participantes como quem diz “você estava lá”… Super emocionante.

Quem trabalha com eventos é criador de soluções e soluções rápidas. Foco na solução e não no problema. Então tem muita ferramenta bacana, muito software pronto, inclusive no Brasil, como a Go There.

Lá fora tem a Swapcard, SpotME, Crowdcast - tem muita coisa boa!

 

 

Quer assistir à live na íntegra? Tá aqui para você!

 

Amanda Salim
Amanda é jornalista, cofundadora da CM School e Head of Community for Latam no Mercado Favo.

 

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